segunda-feira, julho 28, 2008

Palavras em silêncio

Se não consegues entender o meu silêncio de nada irão adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.
[Oscar Wilde]

terça-feira, julho 15, 2008

Coisas

Há dias lembrei-me que às vezes somos capazes de gostar de coisas muito específicas. Mais ou menos específicas, aqui ficam algumas coisas de que eu gosto :)
Fica o desafio a quem ler e quiser responder. Mas avisem no comentário que eu quero ir espreitar ao vosso blog :)


Gosto:
1. das folhas mais verdinhas da alface (aquelas de dentro)
2. de comer chocolate que fica mole com o calor
3. da cama feita de lavado e sentir o fresco dos lençóis no corpo quando me deito (especialmente no Verão)
4. de chegar de trabalhar morta de cansaço e adormecer em 5 minutos (é óptima a sensação, porque sofro de insónias)
5. de falar com alguém só por olhares (não é sr JG?)
6. de gestos espontâneos de carinho no meu sobrinho (derrete-me o coração)
7. de passar o dedo na louça debaixo de água e ouvir o barulho que me diz: está lavadinha! :)

E pronto, não me lembro de mais...
Aturem-me que é o remédio!

quinta-feira, julho 10, 2008

Tatoo

You're still a part of everything I do
You're on my heart just like a tattoo

Just like a tattoo, I'll always have you
I'll always have you, I'll always have you


*Jordin Sparks "Tatoo"

quinta-feira, julho 03, 2008

O Banco

Não foi premeditado. Como sempre, quando preciso chorar ou arrumar pensamentos, fui até à beira-mar.
O barulho das ondas a desfazer-se nas rochas, a água do mar a lamber a areia é um pouco do que preciso para desabafar em silêncio.
E ali estava ele: frio, forte, mas solitário. Aquele banco. Dos muitos que há por lá, apenas aquele estava desocupado; apenas aquele não estava ocupado pela multidão de sábado à tarde caminhando de lá para cá, qual colónia de formigas armazenando comida para o Inverno que se avizinha a qualquer altura.
Sentei-me. E só depois de me sentar, algum tempo depois, reflecti na localização daquele banco. “O solitário” era “o” banco. O banco onde tivemos (talvez) a nossa primeira conversa a sério como amigos.
Senti o frio do banco no corpo.
Deixei-me ficar assim algum tempo. À medida que o mar molhava a areia, também o frio do banco se ia entranhando na minha pele e carne, até chegar aos ossos.
Fechei os olhos e, tal como depois da tempestade vem a bonança, depois daquela primeira recordação vieram muitas mais. Nitidamente. Como se de cada vez que eu cerrasse mais os olhos, mais penetrasse nas memórias daquela noite. Daquela conversa.
Naquele momento senti-me uma pessoa de confiança. Senti-me bem perto de ti, mais a nível da mente do que a nível físico, devo confessar.
Quando me falaste de certas coisas que me mostraram a tua insegurança naquele momento, quando partilhaste comigo algo que te entristecia e que não querias ver tornado realidade… Quando vi as lágrimas nos teus olhos apeteceu-me afagar-te o cabelo, abraçar-te, manter-te junto a mim como uma criança inocente, insegura e indefesa; embalar-te nos braços e não parar de te sussurrar ao ouvido “está tudo bem” ou “pode não estar agora, mas vai ficar tudo bem”.
Apeteceu-me dar-te a mão e mantê-la apertada para saberes que estava lá para ti. E que, mesmo sem o saberes, continuo aqui agora.
Era capaz de ficar à cabeceira da cama da criança que há em ti até sentir a mão a aliviar a força que fazias na minha, porque finalmente te sentiste seguro suficiente para seguir sem mim.
Mas, de novo, voltei a ficar sozinha com os meus pensamentos…
Eu, a noite, a insónia e tu como «objecto» dos meus pensamentos.
Que belos parceiros para um jogo de cartas… Quem fará par com quem?


Liliana Lopes
10.05.2008
01:57

quarta-feira, julho 02, 2008

Sítios em mim

Há lugares assim... Sítios que ficam em nós, por muito bem ou muito mal que nos façam.
Aquele lugar onde passamos férias e fomos para o hospital (devia ser rotina conhecer o hospital dos sítios para onde ia de férias...), aquele preciso banco onde um dia observámos a noite, ouvimos o mar e onde, pela primeira vez, vi uma estrela cadente.
Mais... o café onde tomámos chá ou o outro em que almoçámos... Vou-me lembrar desses lugares. A melancolia vai bater quando passear sozinha por jardins ou ruas que invariavelmente me fizeram ser feliz, algumas vezes, e triste, noutras.
Mas este sítio é diferente. Não é onde eu passei, passo ou passarei férias. Não é um sítio que eu procure porque me agrada. Nem tão pouco um sítio onde passe uma semana e me venha embora. Porque este sítio é o meu emprego em part-time há 3 anos.
Um lugar que não é especial pelo trabalho, nem sequer marcante, mas um sítio que eu não me consigo imaginar a deixar. Não só pelo trabalho (sim, porque posso dizer que me orgulho de saber fazer o que sei lá dentro) eficaz ou menos eficaz, mas é sobretudo pelas pessoas. Nada de muito contacto físico (olha o profissionalismo e as câmaras...). Dou-me bem com toda a gente, mas há aquelas pessoas que me são imensamente queridas. E gosto de saber que também gostam de mim. Sei-o através de pequenos gestos ou palavras, risos ou trocas de olhares.

E nem vou referir o porquê deste post. Poderia alegar que foi despoletado por uma conversa no msn, mas a verdade é que não é assim tão pouco comum pensar nisto. Especialmente porque não sei o que vai ser (ou mesmo o que é) a minha vida...
Enfim... melancolia strikes again! bah!

terça-feira, julho 01, 2008

Engenheiros

Este/a deve ter sido colega de turma do Sócrates...