sexta-feira, setembro 28, 2007

"A filha da minha melhor amiga"

Estou a ler este livro de momento.
E sabem quando lêem um livro, porque a sinopse despertou interesse, mas não esperam encontrar nele pontos em comum convosco? Era o que eu esperava deste.
Ainda estou muito no início, mas a caminho de casa li umas passagens que quase me fizeram exclamar: "wow! revejo-me nisto!" (não necessariamente pelas mesmas razões em cada passagem, nem tão pouco pelos nomes.)
Podem perceber ou não, mas de qualquer forma aqui fica:

"Ela não era tão segura de si como o seu comportamento dava a entender e eu não era tão descarada e dura como fingia ser. Podia transmitir essa impressão a princípio, podia agir com frieza e inacessibilidade, mas desiludia-me sempre a mim própria quando tinha um rebate de consciência - não conseguia ser uma cabra até ao fim."

[...]

"És adorável. - Ela até parecia sincera. - Não conheci muitas pessoas adoráveis na minha vida. Logo, quando isso acontece, sinto-me honrada. Quando te vi pela primeira vez, do outro lado daquela sala de aula, tive imediatamente a impressão de que eras adorável. Finges ser espinhosa, mas, no fundo, e nem sequer é bem lá no fundo, és simplesmente deslumbrante."

[...]

"Nate entrou na minha vida numa noite fria de Abril e afirmou nunca mais querer sair. Eu disse-lhe que experimentasse dizer aquela frase a uma mulher que acreditasse nela.
- Eu vou conquistar-te - declarou seriamente."

[...]

"Ele aturou-me muita coisa e teve de lidar com os meus problemas.
Os meus "problemas" não eram imediatamente evidentes. Quando conheci Nate, o meu aspecto exterior dava a entender que nada me incomodava, que o facto de, ano após ano, me chamarem gorda e feia não tivera qualquer influência sobre mim, a não ser incitar-me a alcançar o sucesso. Ninguém - tirando talvez Adele - sabia que sob a minha máscara de adulta, por baixo da minha confiança, do excelente emprego e da capacidade de dormir com homens bonitos, batia o coração de uma rapariga apavorada.
O mundo exterior e, em certa medida, até Adele deixavam-se iludir pelo meu aspecto exterior, pela imagem impenetrável e polida que eu zelosamente mantinha. As pessoas acreditavam realmente que eu era calma e altiva, confiante e capaz. Nate vira além das aparências. Descobriu quase imediatamente aquilo que me assustava mais do que qualquer outra coisa."

[...]

"Preocupava-me tanto fazer asneira, dizer o que não devia, incitar a raiva que a comunicação se tornou um exercício que eu praticava com pavor, o que fez com que eu parecesse retraída, crítica e, nos últimos anos, uma antipática com cara de poucos amigos. A questão não era eu não querer relacionar-me com os outros, mas simplesmente não saber como fazê-lo."


Meu Deus... só agora me dei conta de que, para a qualtidade de páginas que li, isto é imenso!!! Será que conforme for lendo isto vai-se manter?! A ser assim vou ter de comprar o livro! Inesperada mesmo esta "surpresa de identificação comigo mesma" reservada neste livro...

sexta-feira, setembro 21, 2007

Divagação

Há quanto tempo não punha aqui um textinho meu... E hoje deparei-me com este entre mãos e fiquei com a sensação de: "Deus... Eu escrevi mesmo isto?! Que fixe!"

Aqui fica:

Os meus olhos são um poço sem fundo. A minha alma infinita.
Sinto-me só, vazia.
Quando estavas ao pé de mim, o mundo não era perfeito, mas pelo menos eu não me sentia tão mal.

Fazes-me falta... Tenho saudades de ti e dos momentos que passamos juntos. Aquele fim de tarde de Verão que tão cedo não esquecerei... Aquela manhã de Outono em que passeamos de mão dada junto à praia... Ainda aquele dia em que mal nos conhecíamos e tu tão sinceramente me pediste um abraço. Como foi intenso!... Chegou o Inverno e com ele vieram as tardes de chuva em que ficávamos juntinhos à lareira a ver a chuva cair... Como eu adorava todos esses momentos!
Acabaram? Talvez... No entanto, esses momentos carregados de emoção só desapareceram do mundo de todos os dias, porque no mundo dos meus sonhos eles continuam cheios de vida e, se depender de mim, não se vão apagar.
Gosto de sonhar contigo mas nada se compara àquele tempo em que acordava e te tinha a meu lado. Adorava as tuas palavras de bom dia, a forma como me olhavas e me amavas…
Quando me vejo ao espelho de manhã ainda te imagino reflectido atrás de mim... Quando tomo o pequeno-almoço e espero que me barres o nariz com manteiga... Como por minutos voltávamos a ser crianças outra vez...
Momentos eternos não precisam de ser complexos; há coisas simples... muito simples, mas intensamente intensas e que perduram para a vida... E na minha vida tu perdurarás...
Vemo-nos por aí... Até já?

*Liliana*

quinta-feira, setembro 06, 2007

Pequenas coisas

Estava agora aqui a lembrar-me de pequenas coisas... pequeninos prazeres mesmo... De alguns tenho saudades, outros posso concretizar sempre que quero.

Tenho saudades de andar descalça num sítio relvado e sentir a erva nos pés. Hummm.... Tenho saudades de passear nos jardins do Palácio de Cristal... Deambular sozinha ou acompanhada, dependendo do estado de espírito...

Adoro andar descalça pela casa no Verão sem fazer barulho nenhum... shhhh =)
E adoro também deitar-me numa cama fresquinha feita de lavado... Sabe tão bem não sabe?!

Desculpem o devaneio, mas o blog é meu! LOL
Digam lá pequenos prazeres de que se lembrem ;) Deixem-me conhecer mais um bocadinho de vós como conheceram agora de mim =)

quarta-feira, setembro 05, 2007

Because of you

"You" não és tu, são vocês e ninguém em especial. Um bocadinho de cada um, sem citar nomes, que me ajudaram a melhorar a pessoa que sou. E um bocadinho de mim mesma também talvez, por me conseguir contrariar aos poucos e mudar, superar, pelo menos um bocadinho mais, os meus complexos.

Todos ao mesmo tempo e cada um em particular fizeram de mim uma pessoa melhor. Mas o caminho não chegou ao fim.

De qualquer forma obrigada! Adoro-vos!

domingo, setembro 02, 2007

A vida não chega

Dois lírios sobre a mesa
Uma janela aberta sobre o mar
Trago em mim a certeza
De quem espera o teu voltar

Um cheirinho a café
Fotografias caídas pelo chão
E no ar uma canção
Traz-me uma recordação

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E tanto para te dar
Que a vida não chega


Tenho um poema escrito
Guardado num lugar perto do mar
Tenho o olhar no infinito
E suspiro devagar

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E tanto para te dar
Que a vida não chega


O tempo aqui parou
Desde que te foste embora
Só a saudade ficou
já não aguento tanta demora

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E tanto para te dar
Que a vida não chega

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E sei que vou te amar
Para a eternidade…