sexta-feira, setembro 22, 2006

Carta a um desconhecido II (continuação das divagações solitárias pela net...)

... que eu ainda não vi ... apenas observei ... e num dia entre tantos outros... comecei a escrever...
Hoje, depois de tantas tentativas, decidi finalmente reflectir-me nestas palavras.... hoje, pela primeira vez, vou-te dizer o que sinto por ti.... e o que esse sentimento em mim fez nutrir... É acompanhada por uma chávena de café, ao som da melodia constrangedora da trovoada e da chuva a escorrer pelos vidros das minhas janelas, que te escrevo...
Quando olhei para ti, foi como se tivesse aberto os olhos pela primeira vez, como se tivesse nascido naquele momento. Quando os teus olhos se puseram nos meus, foi exactamente o sentimento de ter nascido naquele momento, senti-me nua, e assim com um poder inimaginável, leste-me até ao fundo da alma.... Bastou esse olhar; esse olhar que revoltou o meu mundo, abalando-o e virando-o de cabeça para baixo.... poderás imaginar essa sensação? Não creio. É fantástica e só acontece uma vez na vida....Sentes que mais nada importa e que podes passar a eternidade a olhar para o outro... é esse mesmo sentimento que te invade a alma, e que devasta como um incêndio.... É nesse momento eterno que te apercebes que aquilo que julgavas sabido e certo se torna indefinível, indecifrável... É nesse momento que sentes que aquilo que viveste não é capaz nem suficiente para medir e classificar... É nesse momento que te perdes no coração em busca da razão, e esgotas as tuas forças em vão..... É precisamente nesse momento que queres que o tempo pare e permaneça eternamente assim, intenso, verdadeiro, quente e feliz... Entendes por fim, que é essa, a definição de felicidade...
No momento inevitável seguinte apercebes-te que a perdeste e deixaste escapar por entre os dedos, da mesma maneira que a brisa celeste transporta a areia com sabor de mar e no momento a seguir se desvanece e se perde...
É por esse sentimento que esperas toda a vida, esquecendo todos os outros momentos que te podiam deixar uma noção de sinónimos de uma felicidade quase completa ...

quinta-feira, setembro 21, 2006

Carta a um desconhecido... (qd me sinto sozinha dá nisto... vagueio pela net e há textos com os quais me identifico)

Encontrei-te naquele passeio, como uma razão para viver. Era a nova estação que chegava, as folhas secas haviam começado a cair. Aquele dia tornou-se imune a qualquer temor, tornou-se visão duma ilusão.
Como uma utopia, persegui, a visão de ilusão, a minha razão, a força para sonhar...
Estavas então naquele banco junto ao lago escondido pelas folhas caídas.
Estavas lá sentado junto e mais perto de mim. Como se duas estrelas descessem do céu, eu assim vi o firmamento pelos teus olhos, duas pérolas profundas escondidas pelas profundezas do oceano...
Falaste então comigo. A tua voz profunda e grave, percorreu-me o corpo, numa energia frenética. Por momentos isolei-me de tudo, por momentos tudo esqueci e para outra dimensão parti.
O meu coração apertou-se numa dor forte e dominadora, fazendo-me acreditar que posso novamente amar. Os meus olhos então em água se transformaram. Tu reparaste e retraíste-te. Calaste-te. Deste uma desculpa qualquer e partiste.Fiquei só. Numa triste e infindável dor. Fiquei só na companhia do amor, como se tratasse duma balada sozinha com os doces acordes de guitarra. O dia passou e o amanhecer voltou.
Regressei àquele banco, e lá estavas tu outra vez.
Aquela presença, segura e confortante. Aquela presença que me aquece e protege olhou para mim e chamou-me. Falou para mim e sorriu. Um sorriso que me iluminou, enterneceu e fortaleceu o meu amor por ti ...
Agora digo-te boa noite, e até já, por nos meus sonhos eu sei que me voltarei a encontrar contigo ...

domingo, setembro 17, 2006

Cuidado com a língua...

MULHER: Se eu morresse tu casavas outra vez?
MARIDO: Claro que não!
MULHER: Não?! Não porquê?! Não gostas de estar casado?
MARIDO: Claro que gosto!!!
MULHER: Então por que é que não casavas de novo?
MARIDO: Está bem, casava...
MULHER: (com um olhar magoado) Casavas?
MARIDO: Então?...
MULHER: E dormias com ela na nossa cama?
MARIDO: Onde é que tu querias que nós dormíssemos?
MULHER: E substituías as minhas fotografias por fotografias dela?
MARIDO: É natural que sim...
MULHER: E ela ia usar os meus tacos de golfe?
MARIDO: Não. Ela é canhota.
MULHER: (silêncio) ...
MARIDO: Merda...

(agora podem-se rir... =D)

segunda-feira, setembro 11, 2006

E agora? - a pergunta persiste

À falta de tempo, deixo-vos aqui algumas considerações ou excertos de artigos que li hoje. 5 anos após o fatídico dia que mudou o rumo da História. (supostamente este post deva ter sido publicado dia 11/9... se o blogger tivesse deixado!!! Foi publicado hoje e mesmo assim sem imagem e sem parágrafos que eu fiz, mas não aparecem... grrrr)
Há exactamente cinco anos, passavam pouco mais de 40 minutos das 13 horas e, como sempre, antes de ir almoçar, passei os olhos pelas televisões. Tento antever algum tema que possa ter força suficiente para mudar a agenda da tarde.
A CNN mostra uma torre em chamas. Uma daquelas torres que vemos tantas vezes nos filmes norte-americanos. Um daqueles prédios que, de tantas vezes nos entrarem em casa, são também um dos prédios do nosso bairro. Um dos nossos. De repente um avião perfura uma segunda torre. E os minutos que se seguem parecem segundos. Tudo acontece demasiado depressa. Com uma brutalidade superior à força do comum dos mortais. As torres morrem. Não de pé, como as árvores. Mas amontoadas por cima de mais de seis mil inocentes. E a partir daquele momento a minha forma de olhar para o mundo mudou definitivamente. Aquelas duas torres, quando caíram, deitaram abaixo algumas das minhas verdades feitas sobre este mundo. Sobre o que pensava dos anos que tinha, potencialmente, pela frente. Recordo: perto de seis mil pessoas perderam a vida. Muitas mais morreram um pouco por dentro. Para sempre. (esta foi a longa parte do artigo de hoje que li e com o qual me identifiquei mais. Do género "é mesmo isto que penso". Só um reparo: transcrevi exactamente, mas não foram "mais de 6 mil inocentes", apesar de nunca se poder determinar o número exacto de vítimas. Rui Pedro Baptista in Metro)
Aviões, Torres Gémeas, Pentágono, fogo, George W. Bush, Osama bin Laden, al-Qaeda, Afeganistão, taliban, eixo do mal, Iraque, invasão, Saddam Hussein. Irão. Os atentados de 11 de Setembro de 2001 marcam o início de um novo capítulo da História Universal a guerra fria tinha acabado, acreditava-se no fim da História, mas a "guerra global contra o terrorismo" avançou. Mas o que mudou, então? Bush prometeu bin Laden, "morto ou vivo". O líder da al-Qaeda continua vivo e multiplicam-se as suspeitas terroristas quanto ao seu papel em Madrid, Londres ou Istambul, entre outras cidades. (JN, 11-09-2006)
Um ano depois do 11 de Setembro, a cidade mudou. A cidade permanece igual. A paisagem está dilacerada. A cidade está insegura. Em nome da auto-preservação, auto-censura-se. Em nome do medo, torna-se conservadora. Em nome da normalidade, endurece. Mudou quase tudo. Ou quase nada. (Público)
Muito mais eu poderia dizer, mas fica para outro dia. Quando tiver mais tempo e inspiração para uma reflexão sobre o que foi o horror desta barbaridade.
(Só um pedido de desculpas pelo facto da maior parte do texto estar "pegado" e se tornar de leitura um pouco mais difícil. Na edição eu fiz os parágrafos, mas com o blogger nunca se pode contar... Acredito que vos acontece o mesmo não raras vezes...)

sexta-feira, setembro 01, 2006

Ser português é...

- Andar de palitinho na boca.
- Levar arroz de frango para a praia.
- Guardar aquelas cuecas velhas para polir o carro.
- Ter diariamente pelo menos 8 telenovelas brasileiras na tv.
- Levar a vida mais relaxada da Europa, mesmo sendo os últimos de todas as listas.
- Guiar como um maníaco e ninguém se importar com isso.
- Receber visitas e ir logo mostrar a casa toda.
- Ter o resto do mundo a pensar que Portugal é uma província espanhola.
- Exigir que lhe chamem "Doutor" mesmo sendo um Zé Ninguém.
- Passar o domingo no "shopping".
- Axaxinar u portuguex ao exkrever.
- Graças a Deus, não ser espanhol.
- Não ser racista, mas abrir uma excepção com os pretos e ciganos.
- Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica.
- Levar com as piadas dos brasileiros, mas só saber fazer piadas dos alentejanos.
- Ter bigode e ser baixinho.
- Ter três telemóveis.
- Jurar não comprar azeite Espanhol nem morto, apesar da maioria do azeite vendido em Portugal ser Espanhol.
- Deixar a telenovela a gravar.
- Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista.
- Cometer 3 infracções ao código da estrada em 5 segundos.
- Ir passear de carro ao domingo para a avenida principal.
- Dizer "portanto" no inicio de cada frase "prontos" no fim.
- Algarve em Agosto.
- Super-bock, tremoços e caracóis é marisco.

Portanto, isto foi só um "best of" do que eu tinha... Mas se tiverem algo a acrescentar... Força! E vão passando... LOL... Prontos, tenho dito.