Hoje estou de muito bom humor! E fascinada pelo José Rodrigues dos Santos!
Por um lado não me senti muito bem, porque fui "infiltrada" num grupo de trabalho que já tinha comunicado com ele e lhe tinha apresentado as ideias que queriam focar na mini-entrevista, mas por outro, fiquei encantada com a oportunidade única de conhecer um dos melhores jornalistas portugueses. Estou simplesmente fascinada!
E, mais importante que tudo, vai um muito obrigada ao Sr. Francisco!!! Muito, muito, muito, muito obrigada pela oportunidade!!
Agora deliciem-se com este perfil que não está ao alcance de qualquer um...
Apanhado pelo início da Guerra do Golfo praticamente no estúdio do 24 Horas, José Rodrigues dos Santos despertou aí para o público televisivo, prosseguindo e alcançando até hoje uma carreira sólida que culminou com a sua nomeação para Director de Informação da RTP, num percurso premiado nacional e internacionalmente, entre a docência universitária e reportagens que marcaram a informação televisiva.
Nasce em 1964 na Beira, em Moçambique, mas viveu os primeiros nove anos da sua vida em Tete, onde convive com a guerra colonial.
Os pais separam-se; Lisboa torna-se o novo destino, mas também por aí fica pouco tempo. As dificuldades económicas da mãe levam-no a mudar-se para a residência paterna, em Penafiel.
A difícil adaptação do pai a terras lusas motivou a partida para Macau.
Participa na elaboração de um jornal escolar, que desperta o interesse dos responsáveis da rádio e leva o jovem estudante a ser entrevistado por uma jornalista que acabara de chegar a Macau: Judite de Sousa.
Aos 17 anos o jovem José Rodrigues dos Santos inicia-se verdadeiramente no Jornalismo, ao serviço da Rádio Macau.
Em 1983, José Rodrigues dos Santos regressa a Portugal para frequentar o curso de Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa.
Terminado o curso, candidata-se a um estágio na BBC; a resposta é positiva, mas o financiamento está indisponível. Aplica então a herança do pai, entretanto falecido, em três meses de experiência profissional em Inglaterra.
Regressa a Portugal, onde obtém duas distinções: o Prémio Ensaio do Clube Português de Imprensa (1986) e o Prémio de Mérito Académico do American Club of Lisbon (1987); por essas credenciais é convidado pela BBC World Service para trabalhar em Londres, onde fica durante três anos, até 1990.
Protagoniza uma maratona televisiva de cerca de 10 horas, sobre o ataque americano ao Iraque, acabando posteriormente por se tornar o rosto mais conhecido da televisão pública.
É premiado pela CNN em 1995, por uma reportagem sobre a Guerra de Angola, e novamente em 1997, por um trabalho sobre os bunkers da Albânia, recebendo ainda em Junho outra distinção desta cadeia de televisão norte-americana, desta vez o Prémio Carreira “World Report”, aquele que é considerado o Pullitzer do jornalismo televisivo.
Chega a Director de Informação, e é hoje um dos jornalistas mais influentes para as novas gerações e no panorama informativo nacional.
Um jornalista que perante os sérios problemas de um mundo em constantes convulsões não perde o sentido de humor:
-Ainda não percebo porque é que o meu boneco do Contra-Informação tem as orelhas tão grandes…Fonte: RTP